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Segue o júri sobre a morte do procurador de Chopinzinho

30 de junho de 2016

 

Desde a a última quarta feira (29), a OAB Guarapuava e a OAB Paraná estão acompanhando o júri popular sobre o assassinato do advogado e procurador de Chopinzinho, Algacir Teixeira de Lima, morto em março de 2015. O julgamento foi suspenso no início da noite de ontem e retomado na manhã de hoje (30). Um veredito sobre o caso deve ser deliberado ainda nesta quinta.

 

Desde o assassinato do advogado, a OAB cobrou a apuração rigorosa dos fatos, acompanhou as investigações e atuou como assistente de acusação, tendo em  vista que o crime se deu em razão do exercício da profissão e se trata de uma ofensa à liberdade da advocacia. Foram designadas para atuar como assistentes em nome da OAB as advogadas Viviane Brisola e Caroline Spader. O fato mereceu repercussão nacional, inclusive no Conselho Federal da OAB, por se tratar de caso de violação das prerrogativas.

 

Desde quarta, dois dos sete acusados de envolvimento na morte estão sendo julgados no Fórum Estadual pelo crime de homicídio qualificado. Segundo a promotoria, o casal intermediou a contratação do assassino a mando do então prefeito, Leomar Bolzani (PSDB), e de um funcionário da prefeitura.

 

Estão sendo julgados Elvi Aparecida Haag Ferreira, de 42 anos, e o marido dela, Nilton Ferreira, de 44 anos. Eles são acusados de ter contratado Darci Lopes de Aquino para matar o procurador de Chopinzinho.

 

Segundo a acusação, o crime foi encomendado pelo então prefeito Leomar Bolzani, preso no dia 22 de março e que atualmente cumpre prisão domiciliar. O ex-assessor Giovane Baldissera, conhecido como “Pardal”, também está entre os acusados.

O CRIME

 

(Foto: divulgação)

 

Algacir Teixeira de Lima foi morto em 16 de março de 2015, quando chegava em casa com as duas filhas pequenas.  Alguns dias após o crime, Darci Lopes de Aquino e Elvi Ferreira confessaram a participação no assassinato e apontaram os mandantes. Em entrevista do G1, o advogado da família do procurador e assistente da promotoria na acusação disse que há provas desta versão do caso.

 

“Todas as provas produzidas e os elementos colhidos ainda na fase de investigação pela polícia foram confirmadas por outras provas técnicas como quebras de sigilos de dados. Tudo aquilo que foi apurado está devidamente comprovado de forma contundente. E, não há dúvidas da participação efetiva de todos os envolvidos”, comentou Ezequiel Fernandes.

 

Já o advogado de defesa, Delomar Godoi, afirma que vai contestar as gravações feitas pela polícia.

 

“No transcorrer desta primeira fase do Tribunal do Júri vieram fatos novos que caminham no sentido diverso do que diz o Ministério Público”.

 

Depois de uma audiência no Fórum de Chopinzinho, em julho de 2015, o homem que confessou ter assassinado Lima mudou a versão. Ele disse que assassinou o procurador não mais a mando do prefeito, mas por conta de uma dívida de R$ 2,5 mil. Naquela fase do processo, Elvi e o marido ficaram calados.