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OAB Guarapuava adere à campanha nacional do Laço Branco

04 de dezembro de 2019

A OAB Guarapuava, junto às demais Subseções do Paraná, aderiu à campanha nacional do Laço Branco, data lembrada anualmente em 6 de dezembro, Dia de Mobilização dos Homens pelo fim da Violência contra as Mulheres. Instituída no calendário mundial pela Organizações das Nações Unidas (ONU), a data tem o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no combate a esta causa.

“O direito a igualdade, petreamente previsto em nossa Constituição, constitui o dever de toda a sociedade preservar as relações, outorgando tratamento paritário entre homens e mulheres. Em decorrência dessa paridade, qualquer manifestação de violência deve ser repudiada, e nós advogados temos a obrigação, por ofício, de apoiar essa campanha de conscientização”, frisou o vice-presidente da OAB Guarapuava, Miguel Sarkis Melhem Neto.

A participação da OAB Paraná e das suas Subseções à Campanha do Laço Branco foi debatida durante o último Colégio de Presidentes, realizado no mês passado na sede da Subseção de Guarapuava, e publicada na Carta de Guarapuava. Desde 2015, a OAB Paraná já participa do movimento HeForShe (Eles por Elas), também da ONU, que visa a promoção da igualdade de gênero ao redor do mundo.

“A Comissão da Mulher Advogada da Subseção assumiu a frente da campanha, mas nosso objetivo é, realmente, sensibilizar e mobilizar os homens, principalmente os advogados”, lembrou a presidente da comissão, Daniele Nesi, ressaltando que, na data, será feita a distribuição de laços brancos entre os advogados, incentivando a adesão da classe à campanha.

ORIGEM

No dia 6 de dezembro de 1989, um homem de 25 anos entrou armado na Escola Politécnica de Montreal, no Canadá. Em uma sala de aula, ele ordenou que os homens se retirassem. Assassinou 14 mulheres e depois saiu atirando pelos corredores e outras dependências da escola, gritando “Eu odeio as feministas”. Ele matou 14 estudantes, todas mulheres. Feriu ainda 14 pessoas, das quais 10 eram mulheres. Depois suicidou-se. Com ele, foi encontrada uma carta que continha uma lista com nomes de 19 feministas canadenses que ele também desejava matar e na qual ele explicitava a motivação de suas ações, em suas palavras: “mandar de volta ao Pai as feministas que arruinaram a sua vida”.

O crime, que ficou conhecido como o “Massacre de Montreal”, mobilizou a opinião pública do país, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Frente ao caso, um grupo de homens canadenses decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa violência. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: “jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência”.