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OAB pede investigação séria sobre homicídio contra advogados

28 de janeiro de 2015

Em ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e aos governadores do Pará, Simão Jatene, e do Amazonas, José Melo, o presidente da OAB Nacional – Marcus Vinicius Furtado Coêlho – cobrou providências urgentes à série de assassinatos de advogados nos respectivos Estados, em especial o cometido contra o presidente da subseção da OAB de Parauapebas (PA), Jakson de Souza Silva, morto no último sábado (24) em Manaus.

Para Marcus Vinicius, o que se tem hoje é uma situação insustentável em vários estados brasileiros. “Estamos falando de um verdadeiro caos, especialmente no Estado do Pará, que desde 2011 teve sete advogados assassinados, além de inúmeras queixas de ameaças de morte. A violência perpetrada contra uma liderança da Entidade atinge a cada advogado do nosso país, que é o profissional garantidor do Estado Democrático de Direito”, lamenta o presidente da OAB Nacional.

Frente aos recorrentes atos de violência contra advogados no Pará, Marcus Vinicius Furtado Coêlho informou recentemente que, na primeira sessão plenária da OAB Nacional em 2015, a ser realizada nos dias 3 e 4 de fevereiro, a entidade formalizará ato de denúncia pública contra violência a advogados.

CASO PARAUAPEBAS

O assassinato de Jakson de Souza Silva ocorreu em virtude de sua luta contra a corrupção no município paraense de Parauapebas. Em viagem a Manaus por motivos profissionais, Jakson foi alvejado com um tiro, caracterizando-se mais um caso de violência explícita ligada ao exercício profissional da advocacia.

“Mais um brutal assassinato ligado ao exercício profissional da advocacia e que se trata, portanto, de uma gravíssima violação das prerrogativas”, afirmou o presidente da OAB Pará, Jarbas Vasconcelos, que foi ao Amazonas no sábado acompanhar o início das investigações da polícia e para tratar dos trâmites de liberação do corpo.

Leia o ofício remetido pelo presidente nacional da OAB ao ministro da Justiça.