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OAB lança pesquisa para fazer diagnóstico do Poder Judiciário no Paraná

09 de fevereiro de 2015

A OAB Paraná lançou nesta sexta-feira (6), na sessão do Conselho Pleno, o Diagnóstico do Poder Judiciário 2015. A pesquisa, lançada depois de oito anos da realização do primeiro diagnóstico, estará disponível no site da Seccional a partir da próxima segunda-feira (9) e permanecerá no ar durante dois meses, para que os 50 mil advogados paranaenses ajudem a identificar onde estão os maiores entraves da Justiça no Paraná. Por meio de um questionário detalhado, os advogados terão oportunidade de se manifestar sobre os problemas que enfrentam no exercício profissional em cada vara ou tribunal que atuam.

O objetivo da pesquisa, que deverá durar aproximadamente dois meses, é ouvir os advogados e colher sugestões de melhorias que podem ser aplicadas em relação a diversos aspectos da atividade judicial: celeridade dos procedimentos, qualidade dos despachos e das decisões, atendimento no balcão das varas, cumprimento das decisões, valores de honorários arbitrados pelos magistrados, relacionamento entre juízes e advogados, entre outros.

“Esse diagnóstico vai além de uma pesquisa de opinião. É uma iniciativa que permitirá uma visualização do que acontece hoje no Judiciário sob a ótica de quem o utiliza. Queremos com isso  contribuir para que se faça um planejamento, atacando os pontos fracos que precisam de correção”, diz o presidente da OAB Paraná, Juliano Breda.

O formulário online foi elaborado de forma a permitir que o advogado possa escolher quais varas, nas diferentes esferas da Justiça, que ele quer avaliar. Estão relacionados todos os cartórios da Justiça Estadual (cíveis, criminais e juizados especiais), da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho em todas as comarcas do estado. Sobre cada um, o advogado poderá emitir sua opinião, qualificando os serviços como péssimo, ruim, bom e ótimo. Além da avaliação dos serviços dos cartórios, também podem ser avaliados o horário de funcionamento do fórum, qualidade dos serviços dos peritos judiciais, o atendimento prestado nas salas da OAB e o funcionamento do sistema de processo eletrônico.

Outro elemento interessante da pesquisa é a possibilidade do advogado apontar o que considera como principais medidas para melhorar a prestação jurisdicional em determinada esfera da Justiça. Por exemplo: aumentar número de varas, aumentar número de juízes, diminuir a rotatividade de magistrados, melhorar o processo eletrônico, avançar na digitalização dos processos, implantar o atendimento virtual, entre outras, num total de 16 opções.

“A intenção é ter um diagnóstico bem específico, vara por vara, e com isso identificar os pontos positivos e os deficitários, para que tanto o tribunal como os servidores possam enfrentar essas deficiências”, diz o vice-presidente da Seccional, Cássio Telles. “Não há intenção de transformar a pesquisa num instrumento de crítica. O que se quer realmente é ouvir os usuários do sistema e contribuir para que haja esses avanços”, completa.

A pesquisa é aberta somente a advogados, que acessam o formulário por um validador inicial. Mas posteriormente não há outra forma de identificação, estando resguardado o sigilo da identidade de todos os que responderem o questionário. Após a tabulação dos dados obtidos, a Ordem condensará as informações num documento que será enviado às corregedorias, às diretorias dos tribunais, e às associações de classe de servidores e escrivães. Também, por meio dos seus representantes na capital e nas subseções, procurará os magistrados e servidores de cada unidade para dialogar e procurar soluções para os problemas pontuais.