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Guarapuavana Edni Arruda é a entrevistada de capa da Revista da OAB-PR no mês da mulher

31 de março de 2014

Com o título “Advogada por vocação, feminista por convicção”, Edni de Andrade Arruda foi a entrevistada de capa da revista da seccional da OAB no Paraná, onde é considerada a conselheira estadual mais experiente da ordem

A conselheira seccional mais experiente da OAB Paraná (inscrita sob o número 3.941), a guarapuavana Edni de Andrade Arruda foi a entrevistada de capa no mês da mulher no meio de comunicação mais importante dos advogados do estado, a Revista da Ordem. Edni destacou assuntos como a participação da mulher e a situação atual da advocacia e o judiciário.

 

Questionada sobre o aumento da representatividade das mulheres nos quadros da Ordem, Edni criticou as estruturas da entidade e a comodidade de muitas advogadas. “Acho que depende de uma mudança de postura da instituição, eu falo da cúpula da Ordem, que são sempre poucos que decidem e as mulheres não participam dessas decisões, e também do fim da acomodação das próprias mulheres”, afirmou.

 

De acordo com Edni, as estruturas do judiciário estadual passam por problemas em todo o estado e não somente nas capitais. “Mudam os personagens, mas o enredo e o cenário são iguais. (…) Nós temos fóruns sempre muito deficientes, o corpo da magistratura incompleto, temos uma deficiência enorme de funcionários, funcionários totalmente incapacitados, que não são treinados. A Justiça de primeiro grau é totalmente sucateada, magistrados muitas vezes sem qualquer vocação, as- soberbados de trabalho, sem condições estruturais, materiais, de desenvolver um trabalho satisfatório. As deficiências na Justiça Estadual são gritantes”, respondeu.

 

Acesse a entrevista completa na Revista da Ordem que está disponível aqui: http://www.oabpr.com.br/revistadaordem/edicao-3/mobile/index.html#p=8

 

Edni de Andrade Arruda

 

Conselheira seccional mais experiente da OAB Paraná (inscrita sob o número 3.941), Edni de Andrade Arruda nasceu em Re- serva, cidade de sua mãe, mas a titularidade de sua vida está em Guarapuava, para onde se mudou muito cedo e foi criada no seio de uma tradicional família de juristas – seu avô foi juiz na cidade e desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, seu pai foi influente advogado e presidente da OAB Guarapuava, sua prima foi ministra do Su- perior Tribunal de Justiça. Nesse meio, ela logo se interessou pelo Direito e, depois de se formar pela Universidade Federal do Paraná e obter inscri- ção junto à Ordem, em fevereiro de 1969, a Dra. Edni se tornou a primeira advogada de Guarapuava – entre 2001 e 2006, foi também a primeira e única presidente da subseção. Em seus 45 anos de advocacia (quase que exclusivamente na área Cível), ela viu a Ordem se desenvolver, os Advogados darem novos rumos à profis- são e o Brasil mudar bastante. Mas ainda não viu uma mulher na Presidên- cia do Conselho Federal da OAB ou do Conselho Seccional da OAB Paraná, mesmo com as mulheres representando quase a metade do número total de advogados. “Nós sempre estamos esperando chegar, mas nunca chegamos”, diz a Dra. Edni, que se define como uma “feminista de carteirinha, de cra- chá e sindicalizada”. Nesta entrevista especial para o mês da mulher, ela fala bastante sobre a participação feminina, mas vai muito além da questão de gênero: “O destaque tem de ser pessoal”, afirma. E a Dra. Edni se destaca.