Notícias

Médico fala sobre predisposições ao câncer de mama

17 de outubro de 2017

Alguns hábitos obtidos durante a vida e condições genéticas específicas podem facilitar o desenvolvimento do câncer de mama em algumas mulheres. Maus hábitos alimentares, sedentarismo, tabagismo, obesidade e uso inadequado de hormônios estão entre os fatores que podem facilitar o desenvolvimento da doença. Quem explica é o médico Antonio Conti (CRM-PR n° 09421), de Guarapuava.

De acordo com Conti, os graus de risco para o desenvolvimento da doença variam de fator para fator, porém, as mulheres devem estar atentas a todos eles e, por isso, o autoexame é tão importante.

“O autoexame deve ser feito após cada menstruação, primeiro em pé em frente a um espelho procurando assimetria das mamas, retrações, abaulamentos, fazendo expressão dos mamilos a procura de saída de líquido. Depois deitada, com a mão direita examinando a mama esquerda e axila esquerda, depois inverter o processo. Qualquer retração, abaulamento, nódulo da mama ou da axila, saída de líquido dos mamilos, é motivo para procurar um médico. Ficar atenta também a alterações da pele, como edema, ulcerações e descamações”.

Outros fatores predisponentes para o desenvolvimento do câncer de mama, de acordo com Conti, são o início menstrual antes dos 12 anos, menopausa tardia (após os 55 anos) e mulheres que nunca amamentaram.

“É importante que as mulheres também estejam atentas ao histórico familiar. Pessoas que tem mãe, avó, tia, irmã e filhas com câncer de mamas, de endométrio e de ovários devem fazer autoexames mensalmente, após cada menstruação, aos 25 anos, além de fazer exames de imagem após 30 – 35 anos. Existem também exame de sangue para detectar alterações genéticas que predispõem a câncer de mamas (alterações dos genes BRCA1 e BRCA2)”.

DIAGNÓSTICO PRECOCE

Segundo Conti, o câncer de mamas é um dos cânceres mais comum na população geral, sendo o segundo câncer mais comum nas mulheres. Por ser uma estrutura superficial tem muitas chances de ser examinado e detectado pela própria mulher, podendo perceber alterações em fases iniciais.

“Neste período as mulheres podem identificar o tumor quando ele ainda tem menos de um centímetro de diâmetro, com grandes chances de cura”.

Apesar de ser um assunto delicado e que exige muita atenção, Conti relembra que as mulheres não precisam entrar em desespero após sentirem alguma alteração na mama. Antes de qualquer conclusão precipitada, o ideal é procurar um especialista.

“As mamas podem ter várias alterações de sua textura habitual sem que isto seja realmente um câncer. Existem cistos e nódulos que na maioria das vezes são benignos, apenas a minoria das alterações texturais podem ser tumor maligno”.

Além das preocupações com o câncer de mama, Conti explica que as mulheres devem estar atentas a sinais de outras doenças, como câncer como de pele, do colo do útero, de pulmão, do trato digestório, do endométrio, dos ovários e outros.

“Louvamos a lembrança deste mês para prevenção do câncer de mama, mas a mulher deve se preocupar com prevenção de câncer não somente nos meses de outubro e também se preocupar com outros tipos de câncer. Sobre o câncer de mama, na população de menor risco, iniciar mamografia aos 40 anos. Na população de maior risco, iniciar mamografia ou ecografia de mamas aos 35 anos, sempre sob orientação médica”.